sábado, 29 de março de 2008

Bactéria matou cerca de 2.300 pessoas no Canadá em 2006

Cerca de 2.300 canadianos morreram em 2006 ao serem infectados com uma bactéria resistente aos antibióticos, a Staphylococcus aureus (Estafilococo Dourado), revela um estudo hoje divulgado. O estudo, que faz parte de um programa nacional de vigilância de infecções hospitalares, baseia-se em informações provenientes de 48 hospitais do país e refere que, em 2006, foram registados 5.787 novos casos de infecção com a bactéria, o que representa um aumento de 2,7 por cento face a 2005. A Staphylococcus aureus é uma das bactérias que mais resistem aos antibióticos tradicionais e pode fixar-se na pele de uma pessoa sem causar infecção. Mas, ao penetrar no organismo, a bactéria causa infecções que podem destruir em poucas horas os tecidos do corpo. http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=325291 Notícia publicada em 28-03-2008

domingo, 23 de março de 2008

Ratos com Parkinson tratados

Animais receberam transplante de células obtidas por clonagem. A revista científica Nature noticia que um grupo de cientistas dos EUA conseguiram obter melhorias neurológicas em ratos de laboratório que sofriam da doença de Parkinson. Os animais receberam um transplante de células obtidas por clonagem terapêutica. De acordo com a agência Lusa, que cita a Nature, esta foi a primeira vez que foi feita uma transferência nuclear satisfatória para tratar a doença, utilizando as próprias células do paciente. Os investigadores do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, de Nova Iorque, obtiveram células-tronco através de clonagem terapêutica, na qual conseguiram neurónios dopaminérgicos, isto é, danificados com a doença de Parkinson, que foram transplantados em ratos doentes. Na clonagem terapêutica, também conhecida como transferência nuclear de células somáticas, o núcleo da célula de um doador é inserido num óvulo cujo núcleo foi extraído, refere a Lusa. A célula restante transforma-se em embrião a partir do qual é possível obter células-tronco diferenciadas e especializadas para realizar funções precisas no organismo. Sendo a informação genérica das células do próprio doador não há o risco da rejeição, não sendo atacadas pelo sistema imunológicos depois do transplante. Os cientistas dizem que o método pode ser uma via eficaz para reduzir a rejeição aos transplantes e aumentar a recuperação em outras doenças.
Notícia do dia 23-03-2008

segunda-feira, 17 de março de 2008

Genética forense ao serviço da Justiça

A genética forense é uma das áreas das ciências forenses que utiliza o ADN para apoiar e auxiliar a Justiça a deslindar casos sob investigação policial e/ou do Ministério Público.Trata-se de uma área de investigação científica que se dedica a três tipos de exames criminalística biológica (análise de manchas de sangue encontradas nos locais dos crimes, de sémen deixado nas vítimas de crimes de natureza sexual, de pêlos ou cabelos suspeitos de pertencerem a criminosos); identificação biológica de parentesco (identificações de paternidade ou maternidade, entre outros); identificação genética individual (identificação de um corpo ou de fragmentos de um corpo).Francisco Corte-Real, vice-presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) e especialista em genética forense, não tem qualquer dúvida em afirmar que esta área do saber é "muitíssimo importante para ajudar a deslindar casos que, de outro modo, jamais seriam resolvidos". Como se processa? No caso de um homicídio, por exemplo, equipas de especialistas do INML deslocam-se ao local do crime, recolhem os vestígios considerados importantes e protegem tudo o que possa ser passível de destruição. Por exemplo, no caso da existência de um cadáver, tratam de cobrir as mãos da vítima com sacos de papel, devidamente presos aos braços com elásticos. Isto por que, de acordo com o vice-presidente do INML, "é nos dedos e debaixo das unhas das vítimas que se encontram, em muitos casos, provas decisivas para a descoberta da autoria de crimes.Mas essa recolha "in loco" dos vestígios criminais pode igualmente ser feita pela Polícia Judiciária, embora o tratamento científico seja sempre da competência dos médicos especialistas em genética forense.Mas o papel do INML, lembra Francisco Corte-Real, "não é o de acusar criminosos ou atribuir responsabilidades por quaisquer actos praticados". Os técnicos da genética forense "limitam-se a analisar factos, com base nos conhecimentos e rigor científico, e a elaborar relatórios para apreciação dos tribunais, que decidirão depois de confrontados outros meios de prova".O vice-presidente do INML fala, por exemplo, no caso de violações "Nós só dizemos à Justiça se há na mulher alegadamente violada material biológico do homem e tentamos identificá-lo. Podemos associar estes resultados a outros, mas isso já não é um papel da genética forense, é da clínica médico-legal. Por exemplo, se a mulher tiver sinais de violência, se houver lesões traumáticas a nível vaginal ou perineal, podemos suspeitar de ter havido crime de natureza sexual, mas a conclusão é sempre do tribunal, nunca dos nossos peritos".Mas, afinal, o que procuram os peritos do INML quando vão ao local do crime? Fragmentos de pele do agressor, pêlos, cabelos, manchas de sangue. A nível da região perineal verificam se há pêlos púbicos ou manchas de sémen. E para que tudo seja feito de forma impoluta, os peritos têm por norma colocar as roupas das vítimas em cima de lençois brancos, para verificar se há algum vestígio biológico dos suspeitos do crime. http://jn.sapo.pt/2005/09/07/sociedade/genetica_forense_servico_justica.html Noticia do dia 16-03-2008

sexta-feira, 14 de março de 2008

Trombose também tem causa genética

As tromboses também têm causa genética, além de outros factores já conhecidos como os traumatismos e a patologia cardíaca, concluiu um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP). Denominado "Polimorfismos genéticos e risco de trombose venosa profunda no jovem", o estudo pretendeu perceber quais as causas da trombose venosa profunda em doentes jovens (com menos de 40 anos) e descobrir que factores induzem um segundo episódio da doença. De acordo com a FMUP, a investigação revelou que "existem dois tipos de mutações genéticas que influenciam directamente estas patologias venosas". "Estas descobertas permitiram estabelecer um novo exame clínico, que possibilita um despiste mais eficaz na existência destas mutações genéticas, aumentando o grau de exactidão do diagnóstico e possibilitando a individualização do tratamento", refere o estudo. Os investigadores concluíram ser necessário acompanhar as famílias dos doentes cujos exames evidenciaram estas mutações genéticas, já que podem também verificar-se em irmãos e filhos. http://jn.sapo.pt/2006/01/31/sociedade/trombose_tambem_causa_genetica.html

terça-feira, 11 de março de 2008

Plantas transgénicas têm menos genes alterados

Os processos utilizados na agricultura intensiva para melhoramento agrícola provocam mais alterações nas plantas do que a engenharia genética. Ainda assim, se o controlo do produto final é rigoroso para os transgénicos, não o é para as restantes plantas.As conclusões deste estudo do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) e do Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa (ITQBUNL) levam os investigadores dos dois institutos a defender uma "avaliação caso a caso do produto final e não a tecnologia utilizada para se chegar a esse produto". "Só dessa forma se poderá garantir uma verdadeira segurança alimentar", referiu ao JN Rita Baptista.A investigadora sublinhou que o resultado do estudo "não indica se determinadas plantas são mais perigosas e outras menos". A questão passa muito mais pela quase inexistência de controlo de umas e o controlo de outras. Isto é, "no mercado existem mais de 1500 espécies que chegam ao prato de toda a gente que não são avaliadas".Planta de arrozOs cientistas orientaram o seu estudo na planta de arroz. Compararam os resultados entre as plantas geneticamente modificadas, as transgénicas, e as plantas cujas sementes foram irradiadas com raios gama (mutagénese), uma técnica utilizada na agricultura convencional desde o início do século passado. Os resultados mostraram que "o número de genes alterados nas plantas cujas sementes foram alvo de irradiação é pelo menos duas vezes maior que no caso das plantas transgénicas", salientou Rita Baptista, acrescentando que este resultado manteve-se "mesmo quando as plantas analisadas são já descendentes de décimo grau da planta que foi modificada".O objectivo principal da investigação era tentar perceber se fazia sentido fazer uma avaliação diferencial de segurança alimentar de alimentos obtidos por mutagénese em comparação com os transgénicos. "E contrariamente à engenharia genética, em que se introduz um único gene para promover uma determinada característica, na mutagénese o objectivo é originar alterações na planta para depois escolher as que possuem melhores características. Essas são depois cruzadas e recruzadas até que entram no mercado".Pouca segurança A questão essencial passa exactamente pela entrada no mercado. Pois, apesar de se considerar que técnicas como a irradiação gama, ou agentes químicos podem ser arriscadas, estes "produtos, porque não são alterados em laboratório (ou seja sem o uso da engenharia genética), não são considerados Organismos Geneticamente Modificados (OGM)", frisou Rita Baptista.Essas plantas, cerca de 1500 espécies, são assim "facilmente aceites no mercado sem qualquer controlo, ao contrário do que se passa com os OGM, para os quais existe legislação muito apertada", acrescentou a investigadora do INSA, que defende medida igual para todas. http://jn.sapo.pt/2008/03/11/sociedade_e_vida/plantas_transgenicas_menos_genes_alt.html Notícia publicada em 11-03-2008

Peru: Menina com «síndrome da sereia» já anda

Uma menina peruana nascida com sirenomelia (síndrome da sereia), malformação congénita em que as pernas são unidas por uma membrana, entrou a caminhar pelos seus próprios pés num centro pré-escolar de Lima, confirmaram hoje fontes médicas. Milagros Cerron Arauco, que iniciou quinta-feira a sua vida de estudante, embora acompanhada por uma enfermeira, «precisa de relacionar-se com outros meninos da sua idade» para «estimular o seu desenvolvimento» disse Luis Rubio, chefe dos cirurgiões que a assistiram desde que nasceu. «A menina está prestes a completar quatro anos, o avanço psicomotor que conseguimos com as sociólogas e o pessoal de estimulação precoce foi muito bom», salientou o médico dos Hospitais da Solidariedade do Município de Lima. Há duas semanas a menor começou a «avisar para fazer as suas necessidades, sobretudo as fezes», embora utilize fraldas por não ter controlo total, explicou o especialista. Rubio disse que a equipa médica prevê operar Milagros em Dezembro para «conseguir um ângulo onde ela possa controlar voluntariamente a micção». Para isso, tiraram imagens internas, especialmente dos rins, para discutir o caso com colegas de Espanha e do Brasil e definir um plano para mover pelo menos três centímetros ao ano os aparelhos genitais externos e a uretra. «Em crianças sereias tudo está localizado mais atrás» do normal, salientou. Rubio mostrou-se também satisfeito com o desenvolvimento da menina, que agora faz ballet graças às operações para lhe separar as pernas e durante as quais lhe «salvaram» os joelhos e a anca. «A menina nasceu sem a cúpula que a anca tem para receber a cabeça do fémur e a natureza, solícita, foi-lhe fazendo a sua cúpula quando a menina começou a andar. É uma coisa maravilhosa», salientou o médico. A criança vive no hospital desde que uma reportagem jornalística revelou o seu problema contando que ela tinha sido abandonada pelos pais, em Huancayo, cidade andina do centro do país situada a 315 quilómetros a Leste de Lima. http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=322249&page=0 Notícia publicada em 07-03-2008

terça-feira, 4 de março de 2008

Missão

A Sociedade Portuguesa de Genética Humana (SPGH) tem como missão a promoção, desenvolvimento e divulgação da investigação e da prática em Genética Humana e, em particular, em Genética Médica. A SPGH procura reunir pessoas que tenham um interesse comum em Genética, congregando esforços para compreender a variação genética humana e para identificar, interpretar, prevenir e tratar as situações clínicas com componente genética. A SPGH tem, entre outros, os seguintes objectivos: Contribuir para o aperfeiçoamento e difusão de conhecimentos especializados na área da Genética Humana, facilitando o contacto dos geneticistas entre si, com outros especialistas e com a sociedade em geral; Promover a organização de reuniões científicas nacionais e internacionais, no âmbito da Genética Humana; Emitir pareceres a pedido de organismos governamentais, da Ordem dos Médicos e outros, bem como formular recomendações por sua própria iniciativa. http://www.spgh.net/pagina.php?codPagina=1